"Descobri que quase tudo que já foi escrito sobre o amor é verdade. Shakespeare disse: 'As viagens acabam em encontros de amantes'. Que pensamento extraordinário. Pessoalmente, não experimentei nada parecido, mas creio que Shakespeare experimentou.
Acho que penso em amor mais do que deveria. Sempre me surpreende seu poder de alterar e definir nossas vidas. Foi Shakespeare quem também disse: 'O amor é cego'. Agora eu sei que isso é verdade.
Para algumas pessoas o amor desaparece inexplicavelmente, para outras, o amor está simplesmente perdido. Mas é claro que o amor também pode ser encontrado, mesmo que só por uma noite.
Há outro tipo de amor, o do tipo mais cruel. Aquele que quase mata suas vítimas. Chama-se amor não-correspondido. E, nesse, sou especialista.
Na maioria das histórias de amor, um se apaixona pelo outro. Mas e quanto ao resto? E as nossas histórias? Daqueles que se apaixonam sozinhos.
Somos vítimas do amor que não é recíproco. Amaldiçoados pelos amados. Mal-amados. Feridos sem prioridade. Deficientes sem o melhor lugar no estacionamento. Eu sou uma dessas pessoas.
Amei profundamente esse homem, por três desesperados anos. O piores anos da minha vida. Piores natais, aniversários. Passagem de ano à base de lágrimas.
Os anos que estive apaixonada foram os mais sombrios, porque sou amaldiçoada por amar um homem que não me ama.
Deus, só de olhar pra ele, o coração dispara, a garganta aperta, não consigo engolir.
Todos os sintomas comuns."
- Iris Simpkins (Kate Winslet), trecho do filme "The Holiday".
terça-feira, 29 de janeiro de 2008
Postado por Talyta S. às 15:06 7 comentários
sexta-feira, 11 de janeiro de 2008
As várias perspectivas
E quem seria eu? Um alguém perdido no meio de tantos ninguéns ou um ninguém jogado em meio à tantos alguéns? O que seria de mim se não tivesse sonhos, se não tivesse esperança? Eu seria sim um ninguém entre tantos alguéns, porém hoje me sinto muito mais que um alguém, me sinto humano, me sinto cheio de vida, de alegria, de coragem, me sinto outra pessoa.
Uma pessoa que não se deixa abater por pouca coisa, que sabe o que quer e que procura entender as pequenas coisas, que procura apenas viver.
Além das coisas mais belas, um teatro de uma vida encantadora, a criança que sonhou, que cresceu, aprendeu, a flor que floresceu, a chama que novamente se ascendeu, o coração que se aqueceu e o amor que nasceu.
O apreciar de um novo dia, o despertar de uma nova esperança.
Coisas que se unem e fazem de mim, um alguém melhor, sem sentimentos ruins, coisas que só nos trazem infelicidade.
O amanhã é uma nova chance de viver o hoje melhorado, o hoje é a consequência do que foi feito ontem e o ontem foi a chance e a consequência de todo um passado.
Talvez pensar não seja tão difícil, ligar os pontos e descobrir um novo olhar, uma perspectiva diferente de tudo. Assim aprender a ouvir, a observar, e menos palpitar.
E tudo tem um significado, uma razão pra existir.
O significado da minha existência é além de me tornar um alguém, mudar tantos ninguéns, fazê-los virarem alguéns, e quem sabe um dia, não existam mais ninguéns e sim muitos alguéns, cheios da mesma força e alegria de viver.
Postado por Talyta S. às 09:43 1 comentários
quinta-feira, 10 de janeiro de 2008
Por que mentir pra si mesmo?
Por que esconder o que realmente sente?
Talvez não seja tão ruim quanto pensa
Talvez seja apenas difícil
Pra que se acovardar diante de um simples sentimento?
Só em um momento de desvaneio reconheceria o quão benéfico seria dizer a verdade
Ou quem sabe, só assumir para si mesmo
Assumir que o teu maior medo é o teu maior sonho
Que este sonho poderia não passar de um pesadelo
Porém, seria o pesadelo mais belo de sua vida
Vida essa que você desperdiçaria se não assumisse
E assumindo talvez não precisasse sofrer em segredo
Um sofrimento que poderia se transformar na maior alegria
Alegria essa que traria sorrisos sinceros
Sorrisos que trariam a admiração de alguém que até então você julgava impossível ao seu alcance
E talvez esse alguém pense exatamente igual a ti
Esse alguém poderia perder sua vida por achar que você também não o desejaria
E assim os dois sofreriam em segredo
Mas tudo isso poderia ser evitado
Se parasse de se enganar
Se fosse sincero consigo mesmo
Se assumisse o que realmente sente.
Postado por Talyta S. às 18:17 0 comentários